Leia-se bem a morte:
morte, vírgula, ou morte, ponto.
Atente-se à pontuação:
depois da vírgula, segue,
mas depois do ponto, não.
Para os da vírgula
é preciso crença.
O ponto não,
o ponto dispensa.
Há quem pontue a morte
com uma interrogação,
estes estão no escuro.
Há também os reticentes,
morte em cima do muro.
E eu, poeta, afinal?
Depois da morte,
ponto final.
Antônio Augusto Ferreira (1936* - 2008+)
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